terça-feira, 20 de julho de 2010

Que história! (Parte 2)

Conforme prometido, retorno ao assunto do bebê que desapareceu da barriga da mãe em Belém do Pará.


Em abril deste ano, Lana, 22 anos, procurou o serviço médico para dar à luz e, durante a cesareana, o bebê não foi encontrado na barriga da mãe. Não por menos, esta história intrigante e singular ganhou a atenção da mídia brasileira.
No primeiro post _ Que história! _ discuti os prováveis acontecimentos que acarretaram o desaparecimento do feto e, de acordo com as investigações, a última hipótese foi a conclusão da polícia.
Foram indiciados os três médicos responsáveis pelo atendimento de Lana: a ginecologista Ana Maria de Souza Oliveira, o Obstetra José Maria Negrão Guimarães e o clínico Raimundo de Góes e Castro Neto. Eles vão responder por negligência, lesão corporal e inobservância de normas técnicas (artigo 129, parágrafo sétimo do Código Penal Brasileiro). Para entender a decisão da justiça, segue as terminologias e suas definições com relação ao caso:

Negligência é a omissão; quando o indivíduo não faz o que deve ser realizado. No caso de Lana, a negligência foi cometida quando ela apresentou um sangramento por volta da 26ª semana de gestação. Ao procurar atendimento médico, os profissionais não detectaram o aborto, portanto não foi dada a devida atenção ao caso.
Outro fato que caracteriza a negligência foi o médico enviar a parturiente para a sala de parto sem realizar o exame de toque e análise dos batimentos cardíacos do feto.

Lesão corporal: de acordo com o Wikipédia, lesão corporal é o resultado de atentado bem sucedido à integridade corporal ou psíquica do ser humano.
Lana foi submetida a uma cirurgia desnecessária, recebeu anestesia e teve que tomar inúmeros cuidados para não adquirir infecção. Toda cirurgia, seja de menor complexidade até os grandes procedimentos têm os seus riscos.
A questão psicológica de acreditar que há um bebê em seu ventre, sendo que esse feto não existe também é bastante traumática para a mãe e familiares.

Inobservância das normas técnicas: 
Código Penal, artigo 129.
§ 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
Artigo 121:
§ 4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos.
 
Este caso ilustra uma grave situação na saúde do Brasil: profissionais que não cumprem os seus deveres e causa danos, muitas vezes irreversíveis, aos pacientes. Independente do serviço ser público ou particular, sempre há maus profissionais. Como na área da saúde não pode ocorrer erros, os profissionais devem se dedicar ao máximo para manter o padrão de excelência exigido pela profissão. O estudo deve ser contínuo e todos devem dispensar a melhor atenção para os pacientes.
Independente das condições de trabalho, os profissionais devem manter a sua conduta reta e digna a fim de exercer a carreira para qual escolheram.
 
Para ler na íntegra conclusão da polícia clique AQUI.
 
Fontes:

12 comentários:

  1. ' Fiquei sabendo desta história. Que falta de pouco caso, infelizmente ainda encontramos muitas situações semelhantes à essas.

    beijos!

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  2. Que coisa essa estória né ? Que estranho ...
    Vc sabe porque cesareana se chama cesareana ?
    É porque um césar romoano ( rei ) chamado Calígula, que era maluco, mandou arrancar da barriga da mãe dele seu irmão que iria nascer, ele tinha medo que o irmão quando crescesse ameaçasse seu poder. Então ele tirou um césar da barriga da mãe, por isso o nome cesareana .
    Nem sei porque falei isso, mas deu vontade, hahahahahahaha .

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  3. andre massim, vc falou isso pq é um idiota e está fazendo seu papel. IDIOTA!!!!!

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  4. a clínica aonde ela fez a cesariana é um matadouro,o medico q fez o parto dela é um açougueiro conhecido por práticas de aborto, então deu no q deu!

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  5. "que falta de pouco caso"?? entao os caras se importaram para caramba com a pessoa? le o que vc escreve plz

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  6. Quanta besteira.

    Criticam tanto os médicos que nem percebem o que a mulher pode ter feito.

    Conversando no hospital, chegamos à algumas possiveis conclusões:

    - A mulher pode ter tido o aborto, percebido, porem decidiu "manter" a gravidez. Tanto é que, depois, ela voltou ao hospital e tentou raptar um recem-nascido.

    -O unico erro, se isso acima aconteceu, pode ter sido do obstetra que decidiu fazer a cesaria, porem, ele diz ter feito por achar que o bebe poderia estar estrangulado e, portanto, tentar slvar o feto.

    Pensem bem antes de ficar aí, criticando os medicos. Um dia precisarão deles!

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  7. É muito fácil falar mal dos médicos, mas vocês acham REALMENTE que alguém quer colocar sua carreira e seu nome em jogo?

    É muito provável que essa mulher tenha feito algum procedimento arriscado, e os médicos, na boa vontade, tentaram fazer o que melhor cabia no momento.

    Sou estudante de medicina e fico indignada com essa falta de percepção do povo, que não tem a MÍNIMA idéia de como é a vida de um profissional da saúde, quantas noites em claro passamos, quantos desaforos ouvimos, e ainda assim, fazemos o possível para melhorar a VIDA dos nossos pacientes.

    Recomendo que sejam um pouco mais gratos por aqueles que só tentam ajudá-los (não estou isentando de culpa os maus profissionais, mas existem ÓTIMOS profissionais que não são reconhecidos e ficam à sombra daqueles que denigrem a profissão).

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  8. é facil falar dos médicos, pois é lógico, ele passa quase 7 anos estudando para chegar na hora não errar, é a obrigação dele a vida de uma pessoa tá nas mãos dele, isso é para a anônima de cima, estudante de medicina, você não pode nunca falar que a culpa é da mulher pelo "procedimento arriscado", se alguem tem culpa é desses profissionais, meu pai é médico eu sei o que estou falando, atente-se ao caso e não diga asneiras, e para a primeira que comentou, puta que pariu falta de pouco caso? é quase uma PUTA FALTA DE SACANAGEM! UAEEUAHEUHAEUHAEUHAUHE

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  9. Como autora do blog, devo ter o direito à réplica aos comentários dos Anônimos acima:
    1- Este caso evidencia sim um ERRO MÉDICO, pois os profissionais não deram atenção aos sinais e sintomas do aborto.
    2- Sei que a Medicina é uma nobre profissão e, como em qualquer área, tem bons e maus profissionais. Não estou aqui para denegrir a imagem da profissão e sim para contar o fato ocorrido no Pará.
    3- Ninguém quer colocar a sua carreira em risco, mas sabemos que existem médicos que não têm a verdadeira vocação para a profissão. Uns escolhem a Medicina pelo status e outros pelo ótimo salário.
    4- Eu sei como é a vida destes profissionais porque sou da área de saúde e conheço muito bem os bastidores dos hospitais. Posso emitir com segurança a minha opinião sobre este caso porque convivo com os bons e maus médicos a todo instante.
    5- Não precisa se esconder pra dizer o que vc pensa, pois eu respeito as opiniões, mesmo discordando delas. Como estudante de Medicina vc está completamente equivocado e espero que a vida acadêmica e a profissional te ensinem que, não é porque falamos mal do seu colega que vc precisa defendê-lo de olhos fechados.
    6- Eu me esqueci de um detalhe: a classe médica é extremamente corporativista. Eles se protegem! Portanto, vc nunca nai aprender o que mencionei no item 5.

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  10. Quando vc pensa que ja viu/ouviu de tudo, ai sim somos surpreendidos novamente.
    Fala sério! Ta com cara de máteria de jornal sensacionalista. Pra mim, houve negligencia médica, mas acima de tudo omissão por parte da vitima, que teve um aborto, e em algum momento o corpo expeliu o feto ( que convenhamos 25 semanas ja é no minímo perceptível) e ela não viu/notou/sentiu que o bebê não estava mais dentro dela...

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  11. Temos que levar em conta que nem todo mundo estudou o suficiente para conhecer os pormenores da vida. Você nem sabe se essa moça tem um nível cultural capaz de identificar os sinais e sintomas de um aborto.
    Na área da saúde, temos que estar preparados para lidar com todos os tipos de pessoas, desde os mais graduados até as pessoas desprovidas de conhecimento.

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  12. Atenção Sr.Lula, a saúde no Brasil esta cada vez mais decadente, não se respeita nem mulheres grávidas. Não se respeita ninguém.

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