sábado, 31 de julho de 2010

Os maiores clichês das novelas


Você já reparou que toda novela tem enredos parecidos, mas com personagens diferentes? Quando assistimos, caímos na velha história das mesmas tramas com caras novas. Parece que os autores não têm mais o que inventar e repetem os assuntos. Veja aqui alguns exemplos:

Os autores preferem o eixo Rio-São Paulo, pois 90% das histórias acontecem nestas cidades. A emissora com certeza tem menos custo para produzir um folhetim pelo fato de não necessitar transportar a equipe para uma locação distante.
Por falar em local, quando a novela é ambientada em uma cidade grande, os personagens sempre se encontram. Eles frequentam o mesmo shopping, restaurante, balada... Quando tem um evento em uma novela aparece o elenco inteiro para prestigiar e sempre é um sucesso.


Algumas novelas iniciam as suas tramas em outros países e depois a história segue no Brasil. Veja alguns exemplos:

Itália: Terra Nostra, Esperança, Passione
Holanda: Páginas da vida
Marrocos: O clone

Toda cartomante de novela é certeira nas previsões. Avisam os acidentes, mortes, futuras paixões... Se todas elas fossem assim na vida real, todo mundo ganharia na loteria.



Toda novela que se preze tem briga, triângulo amoroso, casais que se separam, outros que se apaixonam. Nas cenas das discussões entre casais, principalmente se uma das partes for deixar o lar, a pessoa que fica chora, encosta na parede e desaba no chão. Este vídeo é da novela Escrito nas estrelas e reparem no final a personagem Judite chora encostada na porta e senta no chão. Toda novela sempre tem uma cena dessas.



Essa todo mundo tá cansado de ver: novela termina com casamento e em encomenda de filhos. Os pombinhos lutam para ficarem juntos e no final dá tudo certo _ casam e têm filhos _ como em um conto de fadas no famoso "viveram felizes para sempre".



Os vilões são uma atração à parte. Aprontam a novela inteira e, na maioria das vezes, eles se dão mal no final. Existem três possibilidades para onde são enviados: presídio, hospício e para o além.




Os clichês dos autores

GILBERTO BRAGA

Depois do sucesso de Vale Tudo, Gilberto Braga tomou gosto pelo mistério nos seus folhetins. O Brasil parou para saber quem matou Odete Roitman em 1988 e o autor aplica esta fórmula até hoje.

                   
Odete Roitman - Vale tudo (1988)

 
    Barão Henrique Sobral - Força de um desejo (1999)

                     
   Lineu Vasconcelos - Celebridade (2003)

  
   Taís - Paraíso tropical (2007)


MANOEL CARLOS

Seus folhetins sempre se passam no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro do Leblon.
O elenco de suas novelas quase sempre é o mesmo com poucas variações: José Mayer, Lília Cabral, Regina Duarte...
Curiosamente, alguns de seus títulos possuem palavras repetidas.

                                          2009                             2006


                                 1997                 1995                  1986


ANTÔNIO CALMON

Algumas de suas novelas são ambientadas na praia: Três irmãs (2008), Corpo dourado (1998), Top model (1989).

Duas de suas novela tinham como tema o vampiro.

                                  1991                                                  2002


BENEDITO RUY BARBOSA

Tem preferência por tramas rurais: Renascer, O rei do gado, Cabocla e Paraíso são alguns exemplos.
Algumas de suas novelas contém a Itália como pano de fundo: Terra Nostra (1999) e Esperança (2002).



WALCYR CARRASCO

Prefere tramas de época como O cravo e a rosa (2000), A padroeira (2001), Esperança (2002), Chocolate com Pimenta (2003), Alma gêmea (2005), O profeta (2006).
Uma de suas marcas registradas são as cenas de tortas na cara. Toda novela sempre tem os personagens se lambuzando. E, se não for torta, era lama como na novela Alma gêmea.
A seguir, um vídeo da novela Chocolate com pimenta.



Se você se lembrou de algum clichê das novelas e de seus autores, comente!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A magia das eleições

Em tempos de eleição, questionamos o plano de governo dos candidatos, fazemos um levantamento da vida política pregressa, comparamos a postura de um com o comportamento do outro, enfim, analisamos uma série de detalhes para decidir o voto nas urnas.
Mas tem algo que ocorre nesta época que faz aparecer as ações sociais, as grandes obras, ou seja, parte do plano de governo renasce do papel como uma Fênix que veio das cinzas: é a magia das eleições.
Os ocupantes dos cargos públicos, no ano eleitoral, transformam-se em verdadeiros mágicos que retiram o coelho da cartola, sendo que a mesma encontrava-se vazia durante o espetáculo. Eles fazem verdadeiros milagres acontecerem no período próximo às eleições: surgem casas populares, viadutos, hospitais, escolas, creches e uma infinidade de benefícios para a população, principalmente para as classes menos favorecidas. 
O povo brasileiro escolhe o novo pleito a cada quatro anos, porém se contabilizarmos todas as promessas de campanha e as ações colocadas em prática, constatamos que a maioria dessas mágicas ocorrem no período eleitoral. O objetivo é óbvio: realizar grandes feitos no ano das eleições para a população lembrar-se dos candidatos na hora de digitar o voto na urna.
Os ocupantes dos cargos públicos são ardilosos e sabem que uma grande parcela dos cidadãos são extremamente manipuláveis. Eles usam a dialética, a boa aparência, os sorrisos, os tapinhas nas costas e, quanto mais feitos ostentarem, melhor as chances de arrecadarem os tão esperados votos.
Por isso, o ano das eleições é fundamental para a escolha do candidato, mas devemos levar em conta também o que ele realizou nos anos anteriores. Essa campanha aliada aos últimos trabalhos realizados tornou-se uma "compra de votos" não declarada, já que o interesse dos políticos não é o bem comum e sim uma arrancada para vencer o pleito. Assim sendo, voltamos à ideia do interesse próprio sobrepor as necessidades da população.
O verdadeiro eleitor comprometido com a escolha do melhor candidato deve fazer uma profunda reflexão e não se deixar levar pelas falsas promessas, histórias de grandes realizações _ principalmente no período eleitoral _ para que os coelhos sejam retirados das cartolas durante os quatro anos de mandato e não apenas no último ano a fim de merecerem o salário recebido que é pago com os suados impostos daqueles que escolhem os seus representantes.


domingo, 25 de julho de 2010

A ordem natural da vida

Tudo na vida tem um ciclo, começando ao nascer e terminando com a morte. Neste vaivém de oportunidades, aprendemos quando crianças, descobrimos o universo na adolescência _ apesar de achar que somos os donos da sabedoria e que temos a vida inteira pela frente _ construímos os nossos ideiais na vida adulta e aproveitamos a vida na terceira idade ao desfrutar da merecida aposentadoria.


O maior legado que podemos deixar neste mundo, com certeza, são os nossos filhos. Sob o prisma da genética, eles devem conter a nossa melhor parte, aquela que sobreviverá as tormentas, como foi descrito há mais de 100 anos na teoria da seleção natural de Charles Darwin.
A prole humana é a mais trabalhosa de todos os animais devido a sua complexidade não só genética, mas estrutural. Um filhote de cachorro, por exemplo, já nasce andando e sua mãe tem o cuidado de amamentar através do instinto. Em poucas semanas, eles se libertam da acolhida materna e, após o desmame, já estão prontos para a vida canina. O homem jamais poderia abandonar os filhos após o desmame como os cães e demais espécies de animais.
Os pais são os verdadeiros mestres na arte de criar seus descendentes e merecem todos os méritos pelo trabalho de uma vida inteira. O que você é hoje depende da sua vivência no passado com uma boa dose de orientação dos seus progenitores.
Voltando ao ciclo da vida, após a fase adulta, o corpo apresenta sinais de desgaste físico e mental e, geralmente, os filhos já são independentes ou possuem a sua própria família. Nesta fase, é quando os pais precisam do auxílio dos filhos, ocorrendo a inversão dos papéis _ os filhos cuidarem dos pais.


Infelizmente, há filhos que não reconhecem a importância da família e o quanto ela contribuiu para seu o crescimento e, no momento em que os pais mais precisam deste apoio, colocam-nos em casas de repouso ou os deixam nos hospitais com visitas programadas.
A privação da convivência com os seus entes queridos e a falta da atenção dos familiares são as piores situações ocorridas com quem teve tanto trabalho para encaminhar os filhos na vida.
Muitas famílias justificam a baixa condição financeira e a falta de habilidade para cuidar da enfermidade como causa da transferência dos parentes para as instituições. Mas o problema não é o fato do idoso estar longe da família e sim o descaso dos familiares que, ou quase nunca aparecem, ou visitam de maneira esporádica.
Portanto, pela ordem natural da vida, os filhos nascem, crescem e se tornam pais. Os pais nascem, crescem, tornam-se pais e voltam a ser filhos.
Quando as pessoas mais importantes da sua vida precisarem de seu auxílio _ seja em casa ou na instituição_ esteja lá para estender a mão, pois um dia você se tornará o filho do seu filho e vai precisar muito da atenção dele.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Que história! (Parte 2)

Conforme prometido, retorno ao assunto do bebê que desapareceu da barriga da mãe em Belém do Pará.


Em abril deste ano, Lana, 22 anos, procurou o serviço médico para dar à luz e, durante a cesareana, o bebê não foi encontrado na barriga da mãe. Não por menos, esta história intrigante e singular ganhou a atenção da mídia brasileira.
No primeiro post _ Que história! _ discuti os prováveis acontecimentos que acarretaram o desaparecimento do feto e, de acordo com as investigações, a última hipótese foi a conclusão da polícia.
Foram indiciados os três médicos responsáveis pelo atendimento de Lana: a ginecologista Ana Maria de Souza Oliveira, o Obstetra José Maria Negrão Guimarães e o clínico Raimundo de Góes e Castro Neto. Eles vão responder por negligência, lesão corporal e inobservância de normas técnicas (artigo 129, parágrafo sétimo do Código Penal Brasileiro). Para entender a decisão da justiça, segue as terminologias e suas definições com relação ao caso:

Negligência é a omissão; quando o indivíduo não faz o que deve ser realizado. No caso de Lana, a negligência foi cometida quando ela apresentou um sangramento por volta da 26ª semana de gestação. Ao procurar atendimento médico, os profissionais não detectaram o aborto, portanto não foi dada a devida atenção ao caso.
Outro fato que caracteriza a negligência foi o médico enviar a parturiente para a sala de parto sem realizar o exame de toque e análise dos batimentos cardíacos do feto.

Lesão corporal: de acordo com o Wikipédia, lesão corporal é o resultado de atentado bem sucedido à integridade corporal ou psíquica do ser humano.
Lana foi submetida a uma cirurgia desnecessária, recebeu anestesia e teve que tomar inúmeros cuidados para não adquirir infecção. Toda cirurgia, seja de menor complexidade até os grandes procedimentos têm os seus riscos.
A questão psicológica de acreditar que há um bebê em seu ventre, sendo que esse feto não existe também é bastante traumática para a mãe e familiares.

Inobservância das normas técnicas: 
Código Penal, artigo 129.
§ 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
Artigo 121:
§ 4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos.
 
Este caso ilustra uma grave situação na saúde do Brasil: profissionais que não cumprem os seus deveres e causa danos, muitas vezes irreversíveis, aos pacientes. Independente do serviço ser público ou particular, sempre há maus profissionais. Como na área da saúde não pode ocorrer erros, os profissionais devem se dedicar ao máximo para manter o padrão de excelência exigido pela profissão. O estudo deve ser contínuo e todos devem dispensar a melhor atenção para os pacientes.
Independente das condições de trabalho, os profissionais devem manter a sua conduta reta e digna a fim de exercer a carreira para qual escolheram.
 
Para ler na íntegra conclusão da polícia clique AQUI.
 
Fontes:

domingo, 18 de julho de 2010

Selo de ouro

Ganhei este selo da Dielma - http://alguemmeouviu.blogspot.com/ - que tem um blog de belos poemas.


Aqui estão as regras conforme a Dielma escreveu:

1- Colocar a imagem do selo no seu blog
2- Indicar o link do blog que nos indicou
3- Indicar blogs para receber o selo
4- Comentar nos blogs dos indicados sobre este selo


Só discordo da última regra, pois os comentários devem estar relacionados ao post. Então, vou comunicar os donos dos blogs através do Orkut, senão será por e-mail. Por último, se não tiver alternativa, será no comentário.


Blogs que eu aprecio e receberam o selo:

Leon Textos

Verdades e bobagens

Find the fish

Seu anônimo

Em questão

Café com notícias

Cinema cem anos luz

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Honestidade - passe adiante

Há algum tempo, veicularam na mídia comerciais que abordavam a honestidade, generosidade, caráter e demais bons valores que aprendemos com os nossos pais ou responsáveis no período da infância.
Na época, eu imaginava:
Será que as famílias não educam de maneira adequada a ponto de precisar das propagandas?
Ou a corrupção é tão avassaladora _ não só na política, mas em todos os setores da sociedade _ e a população tem que ser reeducada através dos anúncios da TV?


Sabemos que o modelo familiar mudou exageradamente através dos tempos. A mulher adquiriu o seu lugar no mercado de trabalho, gerando profundas transformações na condução do lar. O que antes era realizado pelas mães, agora é da alçada das empregadas domésticas e babás. A educação dos filhos tornou-se responsabilidade de terceiros os quais nem têm vínculo consanguíneo, o que piora a situação, pois os valores transmitidos nem sempre são os mesmos do núcleo familiar.
Não estou afirmando que todas as famílias agem desta forma, mas grande parte delas encontra nas babás a saída para manter a harmonia da vida pessoal e profissional dos pais.
Além da educação desvirtuada, há também o risco de violência e abusos, podendo causar sérios transtornos para o resto da vida da criança. Os noticiários contêm inúmeros exemplos das más profissionais com famílias que se cercaram de cuidados para contratar e, mesmo assim, não evitaram que a criança fosse seriamente prejudicada.


Todos sabem que, para manter um bom padrão de vida, os pais devem se  dedicar e se esforçar ainda mais neste mercado de trabalho tão competitivo. Não condeno quem escolhe trabalhar e deixa os filhos sob a total responsabilidade das babás. Apenas questiono se a escolha pela carreira vale o tempo perdido com as crianças.
Àqueles que não têm opção, resta-lhes contar com a sorte de ter um profissional capacitado, dotado de bons valores éticos e morais para que os filhos não necessitem _ no futuro _ de comerciais sobre honestidade, caráter e generosidade.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Transplante de órgãos

O transplante de órgãos é um dos procedimentos mais complexos da Medicina, pois envolve uma série de detalhes que vão desde a escolha do doador até o acompanhamento após a cirurgia.
Transplantar um órgão ou tecido não é apenas retirar de um doador e colocar no receptor, afinal não somos máquinas onde os circuitos são ligados, desligados e trocados a qualquer momento. O nosso corpo exige uma adaptação ao novo "componente" que deve ser compatível para reduzir o risco de rejeição.
A rejeição, por sua vez, é uma das principais complicações de um transplante. Por isso, há um protocolo seguido de maneira rigorosa para a obtenção do melhor doador para cada caso. As normas são extremamente rígidas também para nortear o diagnóstico da morte encefálica, o que sempre gera polêmica, já que muitos familiares têm medo do ente querido estar vivo e ser diagnosticado como morto.
O indivíduo também pode doar órgãos em vida e não precisa ter parentesco com o receptor para efetuar o transplante, basta ser compatível. São eles: medula óssea, rins, pulmão, fígado e pâncreas. Os demais órgãos e tecidos _ coração, intestino, córnea, pele, valva cardíaca, ossos e esclera ocular _ só podem ser retirados do doador com diagnóstico de morte encefálica. Estima-se que um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de pelo menos 25 pessoas.


TR: Tempo máximo para a retirada após a morte encefálica do doador
TC: Tempo máximo de conservação após a parada cardíaca

A morte encefálica é definida como " morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas". É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.
Para diagnosticá-la, são necessários vários exames, sendo que há uma equipe de três médicos, os quais não estão envolvidos no tratamento do paciente, para realizar todas as etapas de verificação do diagnóstico da morte encefálica. Deste modo, é impossível um médico diagnosticar a morte encefálica sozinho e sem comprovar através de exames clínicos e laboratoriais.
Dentre os testes, há o exame clínico que compreende a análise dos reflexos cerebrais, o teste de apnéia para avaliar se o paciente consegue respirar por si próprio e os exames _ angiografia cerebral e eletroencefalograma.

ANGIOGRAFIA CEREBRAL

Fluxo normal                           Morte encefálica

A família não precisa pagar nada durante o processo do transplante, pois todos os custos são de responsabilidade do governo .
Outro fator importante que é exaustivamente abordado nas campanhas de doação de órgãos é a vontade do doador. Cabe à família ou responsável legal decidir de maneira favorável ou contrária à doação. Portanto, não basta apenas querer, tem que avisar os familiares ou responsáveis, pois eles decidirão se você será ou não doador.
Deste modo, enquanto a engenharia genética não desenvolve meios de imitar órgãos e tecidos humanos, cada contribuição é importante para diminuir o sofrimento das pessoas que se encontram nas filas de espera.



Mais informações:

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O outro lado do sucesso

Até hoje, a Psicologia e a Psiquiatria tentam desvendar como pessoas bem sucedidas na vida conseguem se autodestruir, seja como usuários de drogas, suicídio ou cometendo crimes de alta periculosidade sem medo das consequências.
O mais recente caso, o goleiro Bruno do Flamengo, acresce uma estatística cada vez mais frequente no mundo das celebridades que, além da fama, conseguem prestígio, dinheiro e inúmeras regalias.
A história do Bruno não é diferente dos demais jogadores brasileiros: infância pobre, família desestruturada e a revelação nas categorias de base que os impulsionaram para a elite do futebol mundial.
Uma das causas para os distúrbios de comportamento seria o sucesso repentino aliado à falta de estrutura psicológica ocasionada pela ausência de uma base familiar consistente. Por isso, ao se tornar rico, reconhecido e muito bem sucedido, o cidadão-celebridade é acometido por uma avassaladora sensação de poder sem limites, como um super herói que nunca se abala, invencível, acima das fraquezas humanas. Essa é uma explicação plausível para justificar os vícios, crimes, atos ilícitos, orgias e distúrbios psiquiátricos.
O problema, cada vez mais comum, é um tabu, já que as doenças psiquiátricas são tratadas com desdém pela maioria da população. O diagnóstico só é realizado se o cliente procurar atendimento médico especializado, o que quase nunca acontece. Mesmo assim, até o indíviduo reconhecer a sua doença, muitos atos ilícitos já ocorreram contra si próprio ou terceiros.
A carreira glamourosa esconde bem mais do que os holofotes ousam mostrar. Resta-nos torcer para que estes casos sirvam de alerta para as pessoas procurarem ajuda antes que seja tarde e que a desigualdade social diminua para que as famílias sejam mais estruturadas, tenham acesso a uma boa educação, saúde, saneamento básico, trabalho, salário digno e governo atuante em prol da nação.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sete noivas para sete irmãos

O filme Sete noivas para sete irmãos (1954) _ Seven brides for seven brothers _ é um dos maiores musicais de todos os tempos e prova que não precisa muito dinheiro, astros, estrelas para fazer sucesso: basta ter talento e uma boa dose de criatividade.
A história, dirigida por Stanley Donen, foi baseada na mitologia grega do rapto das Sabinas que, após o estrondoso sucesso no cinema, foi adaptada para a Broadway.

Basicamente, o filme retrata um grupo de caipiras que vive distante da cidade, os irmãos Pontipee: Adam, Benjamim, Caleb, Dan, Ephraim, Frank e Gideon. Certo dia, o mais velho _ Adam (Howard Keel) _ vai à cidade para encontrar uma noiva. Logo ele encontra a cozinheira Milly (Jane Powell) e se casam às pressas para que retornem à fazenda antes do rigoroso inverno.


Milly encontra a casa bagunçada e os seis irmãos maltrapilhos e mal educados. Como é de se esperar, ela coloca ordem no recinto e ensina aos irmãos boas maneiras, dança e como cortejar uma dama.


Os irmãos aprendem rapidinho e causam um furor na cidade quando vão à festa no celeiro, afinal, as moças escolhidas estão comprometidas.
A sequência do celeiro é uma das mais eletrizantes do cinema, pois além de atores, bailarinos, há também acrobatas que dão um verdadeiro show de técnica e equilíbrio.




Prefiro não contar o restante do filme para não estragar a surpresa, sendo que a história é atraente, leve, bem típica dos musicais dos anos 50. Pena que a obra poderia ter ganho mais reconhecimento da Academia que não foi condizente com o sucesso de bilheteria _ recebeu apenas o Oscar de melhor trilha sonora.
O estúdio estava apostando em outra produção que passou despercebida pelo público _ A lenda dos beijos perdidos com Gene Kelly e Cyd Charisse.
O diretor Stanley Donen teve dificuldades até para escalar os atores, pois o estúdio não queria ceder. Foram muitos os contratempos para conseguir concluir o filme devido ao baixo orçamento. No início, até a propaganda do filme foi renegada, mas quando os executivos do estúdio viram o interesse do público, tiveram que mudar a estratégia de marketing.
Parece até ironia, mas um filme de baixo custo arrecadou milhões e aquele que recebeu todas as atenções da companhia e um orçamento três vezes maior, nem apareceu diante da crítica.

Como eu mencionei no início, mais vale talento e criatividade para ter grandes realizações na vida, pois o apoio e o reconhecimento muitas vezes aparecem depois da ação bem sucedida. Em outras palavras, não esperemos auxílio, aplausos, risos e confete antes de mostrarmos do que somos capazes. Temos que lutar para fazer a diferença, superando os nossos limites, buscando novas parcerias e sempre com pensamentos motivadores.
Se o diretor do filme desistisse diante da primeira negativa do estúdio, não teríamos esta obra-prima tão singela pra curtir no escurinho do cinema.

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