sexta-feira, 23 de abril de 2010

A vida alheia é mais interessante que a sua

A vida alheia, nova minissérie da Rede Globo que estreou no dia 08/04, possui um tema pouco explorado no meio artístico até então _ uma revista de fofocas, seus repórteres e editora sem ética e os intransigentes paparazzis. A série é muito bem escrita pelo multiartístico Miguel Falabella que concebeu a ideia quando foi fotografado em um restaurante.
O que me chamou a atenção foi o genial slogan "A vida alheia é mais interessante que a sua" porque é a mais pura verdade. Nas pequenas cidades, o passatempo predileto das pessoas é saber da vida dos conterrâneos e imaginem as pessoas nas janelas, nas esquinas e praças conversando pra obter as preciosas informações.
Em contrapartida, nas grandes cidades este interesse desaparece, dado o enorme contingente de habitantes, conclui-se que as pessoas não se conhecem e não têm tempo para se interessarem pela vida alheia. Perde-se muito tempo no caminho de casa para o trabalho e os vizinhos são tão estranhos quanto os transeuntes. Mas isso não quer dizer que as pessoas das grandes cidades não se interessem pela vida dos outros.
As crescentes audiências dos reality shows comprovam que este formato de programa vai perdurar através dos séculos. O Big Brother Brasil já é um fenômeno nacional que, quando termina, deixa muita gente órfã. Nos Estados Unidos há uma infinita quantidade de programas para os mais variados gostos neste formato que mostra seus protagonistas em ação sem texto ou roteiro, como agimos na vida real. Talvez esse fascínio pela vida real transmitida através de um programa de TV seja fruto da expectativa pelo inesperado. Como não há autor e os protagonistas possuem a liberdade de exercerem os seus papéis, os espectadores têm a sensação de insegurança diante das situações, pois não tem como prevê-las.
Se o interesse pela vida dos anônimos é grande o das celebridades sempre foi assunto de pauta. Os fãs nunca se contentaram em saber apenas do trabalho de seus ídolos e sempre correram atrás das informações de suas vidas pessoais. Olhem nas bancas e vejam as inúmeras revistas de fofocas de celebridades.
Por outro lado, ser famoso, fazer sucesso, aparecer nas revistas, ser requisitado para festas e eventos também tem o seu preço _ perder a privacidade. Hoje em dia há centenas e milhares de paparazzi esperando aquele "furo" de reportagem.
Nessa briga por maiores audiências quem perde somos nós. Pelo fato da vida alheia ser mais interessante do que a nossa, perdemos muito tempo olhando a vida dos outros. Enquanto ficamos estagnados à espera de mais um capítulo da vida de outrem perdemos o trem da nossa. O grande trunfo nessa breve passagem terrena é desfrutar de nossa vida como personagens principais e não como coadjuvantes. Assistir aos reality shows, ler revistas de fofocas e falar da vida alheia é saudável para aprendermos com os exemplos. A melhor ideia que tivermos será quando a nossa vida passar a ser mais interessante do que a dos outros.

Um comentário:

  1. vlw pelo coment!
    eu digo o contrário:
    a minha vida é mais interessante que a vida alheia,
    e essa série eh mto chatav velho affbascara...
    e Daniela Winnitis piora tudo!

    http://nikomoska.blogspot.com/

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