domingo, 19 de setembro de 2010

O misterioso mundo da mente humana

Em pleno século XXI, a Ciência ainda tenta desvendar os mistérios da mente humana. O cérebro humano é o órgão mais difícil de ser compreendido devido a sua complexidade, tanto nas reações químicas, como nos mecanismos resultantes de sua própria fisiologia, os quais podem alterar-se a cada instante, muitas vezes sem causa predeterminada.

O avanço da medicina já propiciou um melhor entendimento da capacidade do nosso cérebro, mas ainda está muito aquém de sua totalidade. De acordo o fisiologista americano Eric Kandel, em uma entrevista para a Revista Veja, se a ciência do cérebro fosse uma estrada de 100 quilômetros, o percurso percorrido seria de 10 a 20 quilômetros e estamos a 100 anos de chegar ao fim da estrada, quando o funcionamento do cérebro será totalmente conhecido.

Pesquisas não faltam para desvendar as doenças degenerativas e os transtornos mentais. É extremamente complicado interpretar o cérebro e suas reações químicas. A Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética são poderosos aliados da Neurociência e exigem um profundo conhecimento das regiões cerebrais e suas funções para não acarretar interpretações equivocadas. É um trabalho árduo, mas com certeza gratificante para os pesquisadores da área.
Leandro Narloch, da Revista Veja, afirmou que a descoberta da neurogênese, o processo de produção de novos neurônios ao longo da vida, em 1998, e o avanço da tecnologia de neuroimagens revelaram uma realidade diferente. O cérebro tem capacidade de se regenerar e de se adaptar. Quando uma área sofre dano, outra pode muitas vezes assumir suas funções.


O livro A cientista que curou seu próprio cérebro é uma verdadeira viagem à mente humana, sendo que a própria autora _ uma conceituada neuroanatomista _ relata em detalhes como desenvolveu um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Imaginem a experiência de uma médica, especialista nos assuntos do cérebro, vivenciar e saber o que se passa dentro da própria mente no momento da hemorragia cerebral. É a primeira vez que um pesquisador estuda a patologia de dentro pra fora, podendo relatar com fidelidade como ocorreram os sintomas do AVC. A americana Jill Bolte Taylor recuperou-se e voltou a trabalhar normalmente após os longos anos de recuperação também descritos no livro.


Os transtornos mentais também são incessantemente estudados e pouco se sabe a respeito das patologias, apesar do pleno avanço. Graças à Ciência, os portadores de doenças mentais são menos marginalizados nos dias de hoje, com a inclusão da família no processo de recuperação dos pacientes e o tratamento em domicílio, dispensando o leito hospitalar em muitos casos. Terapias como o eletrochoque foram totalmente abolidas. Para complementar o tratamento medicamentoso, a terapia ocupacional é largamente utilizada como ferramenta para a redução dos sintomas da doença.
As causas das doenças mentais são atribuídas a dois fatores: a disposição pessoal original e os agentes ocasionais.
A disposição pessoal original refere-se aos traços de personalidade do indivíduo. São as características endócrinas, metabólicas, neurológicas e etc que podem ou não favorecer o surgimento da doença mental.
Os agentes ocasionais são os estressores psicossociais que podem ou não desencadear uma doença mental. É a forma como a pessoa reage a estes fatores que determina ou não o aparecimento da doença. Por exemplo, a reação diante da morte de um parente muito querido.

As doenças degenerativas são aquelas que comprometem a estrutura cerebral como o Alzheimer, o Parkinson e etc.
A doença de Alzheimer acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem, mas pode também atingir outras regiões do cérebro, comprometendo outras funções. A causa da doença ainda é desconhecida e, embora ainda não haja medicações curativas, já existem drogas que atuam no cérebro tentando bloquear sua evolução, podendo, em alguns casos, manter o quadro clínico estabilizado por um tempo maior.
O Parkinson, por sua vez, acomete a função motora: tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

Deste modo, os mistérios da mente humana ainda vão intrigar inúmeras gerações, fazendo com que o homem trabalhe cada vez mais na busca por respostas que lentamente estão surgindo a medida que as pesquisas avançam. Enquanto isso, resta-nos exercitar o nosso cérebro para prevenir ou amenizar as doenças degenerativas, através da leitura, exercícios de lógica, palavras cruzadas e etc. Também devemos conhecer os transtornos mentais para nos livrar do preconceito da sociedade, a fim de respeitar os portadores desta enfermidade. As pesquisas avançam, o conhecimento também e as pessoas devem livrar-se de alguns conceitos da antiguidade os quais atrapalham o desenrolar da história em pleno século XXI.

Fontes:

6 comentários:

  1. transtorno mental é dose...mas tambem acompanho algumas pesquisas...

    http;//universovonserran.blogspot.com

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  2. Olá,

    A semiótica da primeira foto que colocou para ilustrar, mostra um pouco de muitas complexidades que existem na mente humanda, sejam em seus aspectos internos e/ou externos. Este final de semana, participei de um encontro pela educação com/e sobre PCDs, houve muitos assunstos abordados e muitas histórias de vida para se comover...
    A mente humanda tem em sua essência o incognitismo que nos deixa deslumbrados a querer descobrir mais e mais...

    Se quiser e puder:
    http://tudopelaedu.blogspot.com

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  3. Puxa Moniquinha, vendo o trabalho e a categoria que existe nos seus posts dá até vergonha dos meus, hahahahaha. Vc pesquisa e persegue o assunto muito antes de passar pra gente ler. PARABENS!!!!

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  4. Ei Monica, vamos postar mais aqui menina... Pôxa vida!!! Hahahahaha, eu sei que a vida é corrida, mas sempre dá pra fazer uma forcinha né, hahahaha.

    Atualizei o Verdades e Bobagens, passa lá!

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  5. O nosso cérebro é fascinante!
    Juro que se seguisse a a carreira médica, focaria em pesquisas neurológicas.

    Acho surpreendente essa nossa máquina.

    Vamos torcer pelos avanços da área, para que cada vez mais enfermos se livrem dessas doenças degenerativas.

    E como você bem pontuou, façamos exercícios para que retardemos doenças, claro. E a leitura é um grande exercío e que mantém nosso cérebro em constante atividade.

    Portanto, passe lá no Seu Anônimo e leia o meu mais novo post. hehehe...Momento Merchan! rs

    Um beijo, Mônica!

    Fernando Piovezam
    seuanonimo.blogspot.com

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