terça-feira, 29 de junho de 2010

A tecnologia a serviço do futebol


O uso da tecnologia para auxiliar os árbitros na análise dos lances polêmicos no futebol ainda está em discussão. A FIFA ainda não se posicionou a favor da adoção destes métodos e, diante dos erros grosseiros nas oitavas de final da Copa do Mundo nos jogos Argentina e México, Inglaterra e Alemanha, até o presidente da entidade _ Joseph Blatter _ reconheceu a necessidade destes recursos.
Há quem diga que a FIFA não adota as tecnologias para manter a polêmica no ar, a qual gera mais visibilidade ao esporte através das intermináveis discussões. Um erro de um árbitro é muito mais comentado do que um gol do título e este assunto sempre será lembrado, não só pela imprensa, mas também nas rodas de conversa dos amigos e fanáticos por futebol. Por isso, muitas pessoas também questionam se o esporte vai perder a graça após a adoção das imagens de vídeo para auxiliar os juízes e bandeirinhas.
Se vai perder a graça, pode ser, mas pior ainda é ver uma seleção que tanto trabalhou para estar em uma competição tão importante como a Copa do Mundo, perder uma partida por causa de um erro humano que poderia ser evitado. Isso sim é injustiça!
O presidente da FIFA, apesar de ser favorável à discussão, é contra interromper uma partida para analisar as imagens porque, justamente neste instante, pode-se "impedir uma jogada de gol".
Sinceramente, eu não acredito que um tira-teima leve tanto tempo para analisar a posição de um jogador em campo. O árbitro já possui um sistema de comunicação com os demais juízes e bandeirinhas através de microfones e fones de ouvido. Ele pode ter o auxílio de mais um árbitro em uma cabine com televisores e computadores que transmite todas as informações do lance. Em uma jogada de impedimento, por exemplo, o computador já mostra quantos centímetros o jogador está ou não a frente do zagueiro. É só o árbitro da cabine falar para o juiz em campo e a dúvida está resolvida. A partida segue com mais credibilidade e segurança tanto da torcida quanto dos técnicos e jogadores.
A tecnologia ajudaria não apenas a evitar os erros dos árbitros, mas também iria coibir a ação de juízes corruptos. Se este método fosse adotado para o campeonato brasileiro de 2005, dificilmente o juiz Edilson Pereira de Carvalho cometeria erros a favor de um time em troca de propina porque seria inadimissível ele apitar um lance em desacordo com as imagens das câmeras.
Pelo visto, este assunto ainda será tão polêmico quanto os erros da arbitragem, já que a FIFA não abrirá mão do marketing gratuito dos erros e os clubes, seleções nacionais e demais envolvidos com o futebol questionarão, cada vez mais, o uso das câmeras para auxiliar os árbitros e bandeirinhas. Espero que vença o bom senso para o futebol continuar brilhando, encantando e valorizando a atenção dos torcedores, o trabalho árduo dos jogadores, comissão técnica e dirigentes.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dunga X Rede Globo

O comentário desta semana foi o comportamento do técnico da seleção brasileira na entrevista coletiva concedida após o jogo contra a Costa do Marfim. Dunga balbuciou alguns palavrões que vazaram no sistema de som da sala de entrevistas após ver o jornalista Alex Escobar discordar da resposta em curso.
Hoje, mais calmo, Dunga pediu desculpas pelo comportamento no último domingo e se emocionou ao falar do estado de saúde do seu pai, portador de Alzheimer.

Ao ver o vídeo do Dunga falando palavrões diante da imprensa, também li muitos comentários favoráveis ao técnico e contrários à Rede Globo. Também sou favorável, em parte, ao Dunga devido a sua postura de personalidade diante de uma emissora tão influente.

Não é de hoje que a Globo monopoliza as transmissões as quais ela compra os direitos de exibição. Na Copa do Mundo de 2002, por exemplo, a Fátima Bernardes entrou no ônibus da seleção brasileira, garantindo a exclusividade total da informação e, consequentemente, a excelente audiência __ que já não é pouca _ da Vênus Platinada.
Desta vez, a Globo encontrou um técnico mais justo com as demais emissoras, pois ele prefere dar entrevista para todas e não permite exclusividade. Além deste senso de justiça, o Dunga está seguro da sua importância no comando da seleção devido ao seu histórico de vitórias.
A Rede Globo faz o papel dela _ de mau caráter _ na luta pela liderança na audiência e o técnico segue seus valores diante de tal impasse: a CBF autoriza as entrevistas exclusivas.

Desta história, não aprovo a postura do Dunga na entrevista coletiva do último domingo, já que nós não temos nada a ver com as suas rusgas com os meios de comunicação. Ser austero é louvável, mas perder a linha diante de quem não tem nada a ver com o fato é manchar a própria imagem, ainda mais em um cargo onde impera a liderança.
Também não concordo com o monopólio da Globo que, em tempos de Internet, acha que não saberemos de suas verdadeiras intenções ao expor apenas a má postura do técnico sem mencionar os reais motivos por trás dos palavrões _ a insistente correria pelas reportagens exclusivas e as negativas do técnico da seleção.

A seguir, um vídeo sensacional que faz paródia do filme "Um dia de fúria" _ com Michael Douglas _ para o assunto do momento: Dunga X Rede Globo. O técnico da seleção brasileira não economiza palavrões. Vale a pena conferir!


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